sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Recado de Zoraide

Mais uma vez, você fez isso.
Consumi horas que me são preciosas pensando no porquê de você me fazer isto. A cara debochada a cada vez que me aproximo, seu tom grosseiro quando precisa falar qualquer coisa que seja, quando precisa falar... Os gestos ríspidos e tudo tão gratuito, tão sem sentido, sabe?
Me pergunto quando conseguirei olhar de novo nos seus olhos sentindo tudo isso que me fez sentir por nada. Mas sei que o dia seguinte sempre amanhecerá um novo dia, um dia diferente dos outros dias. E, além disto, é a padaria mais próxima de casa e tem o único sonho que consigo comer no bairro. Acho até que amanhã tentarei comer o lanche de mortadela com pistache que tanto falam!
Mas  ainda não me esqueci de você, queridinho. Ainda troco meia dúzia de palavras com o gerente e te tiro esse empreguinho de caixa, seu mal educado! Ah, se tiro!

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